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Mostrando postagens de junho 24, 2008

Guimarães Rosa: o sertão está em toda parte

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Guimarães Rosa e uma das travessias que o levaria a compor Grande Sertão: Veredas “Eu passei dois anos num túnel, um subterrâneo, só escrevendo, só escrevendo eternamente. Foi uma experiência transpsíquica, eu me sentia um espírito sem corpo, desencarnado ― só lucidez e angústia. ” (fragmento de carta de Guimarães Rosa ao amigo Silveirinha) * “ Acordei último. Alteado só se podia nadar no sol. Aí, quase que não se passavam mais os bandos de pássaros. Mesmo perfiz: que o dia ia dever ser bonito, firme. Chegou o Cavalcânti, vindo do Cererê-Velho, com recado: nenhuma novidades. Para o Cererê-Velho recambiei aviso: nenhumas novidades minhas também. O que positivo era, e do que os meus vigiadores do rededor davam confirmação. Antes, mesmo, por mais, que eu quisesse ficar prevenido, o dia era de paz. ” ( Grande Sertão: Veredas ) O terceiro livro de Guimarães Rosa, uma narrativa épica que se estende por 760 páginas, focaliza numa nova dimensão o ambiente e a gente rud