Nove filmes com o tema das Guerras Mundiais

Ben Affleck em cena de Pearl Harbor


Em 6 de junho de 1944, numa gigantesca operação militar que seria imortalizada com o nome em código de Dia D, milhões de combatentes mobilizados pelos aliados libertaram a França da dominação nazista. Foi o maior confronto da Segunda Guerra Mundial. O episódio foi contado, em rigorosamente todos os idiomas, em montanhas e páginas de livros, jornais e revistas. Também inspirou, a exemplo de outras batalhas travadas ao longo do conflito, numerosos filmes. Destaco algumas das maiores produções cinematográficas sobre ou que tenha temática sobre esse que foi o mais sangrento confronto da História.

O mais longo dos dias, 1962. A versão original em preto e branco narra os acontecimentos do Dia D. Adota tom documental e mostra o que houve do ângulo dos vários exércitos envolvidos. O filme não fixa-se em apenas uma personagem e o que se assiste é uma procissão de grandes estrelas.

Patton, rebelde ou herói?, 1970. Este ganhou sete estatuetas do Oscar, entre elas as de melhor filme e de ator para George C. Scott. O filme descreve a trajetória do general americano que se dizia descendente de Aníbal e concebia desconcertantes estratégias de combate. Poucas batalhas foram tão bem retratadas no cinema. O roteiro é assinado por Francis Ford Coppola e Edmund H. North.

Tora! Tora! Tora!, 1970. Baseado no ataque japonês à base militar de Pearl Harbor, no Havaí, que apressou a entrada ostensiva dos Estados Unidos na guerra, dois anos depois de seu início. O diretor Richard Fleischer cria um clima de aguda tensão ao exibir os preparativos da cúpula japonesa e, paralelamente, os erros do governo americano, descrente das evidências de um possível ataque. Compreensivelmente, as cenas dos aviões inimigos bombardeando os navios de guerra americanos não se comparam às que serão mostradas mais tarde em Pearl Harbor, estrelado por Bem Affleck e Kate Beckinsale.

Pearl Harbor, 2001. Se na história dos Estados Unidos há algumas constatações curiosas, uma delas, certamente, está na disposição de ganhar sempre, mesmo perdendo. A superprodução de US$ 145 mi de dólares reconstitui de forma épica o célebre e devastador ataque, em dezembro de 1941, dos japoneses à base militar americana instalada no Havaí.

cena de Além da linha vermelha

Além da linha vermelha, 1998. No filme, o diretor Terrence Malik mostra o ponto de vista dos soldados que lutaram no front. O heroísmo e o caráter espetacular da guerra foram deliberadamente excluídos da produção. Malick explora o medo e o absurdo do conflito por meio de imagens fortes e fragmentos de pensamentos dos personagens sobre a natureza humana.

A ponte do rio Kwai, 1957. Dirigido por David Lean e com trilha sonora tornada inesquecível pelo coro de assovios, o filme retrata o sofrimento de soldados ingleses num campo de prisioneiros japonês.

Furyo, 1983. Também como cenário um campo japonês. Mas sabe explorar as ambiguidades – sexuais, inclusive – dos soldados envolvidos. Quem é uma das estrelas protagonistas deste filme é o cantor David Bowie.

Esperança e glória, 1987. A guerra, pelo menos na visão das crianças, pode até ser divertida. Elas brincam nos escombros em Londres e são fascinadas pelas revoadas mortais da esquadra inimiga.

A lista de Schindler, 1993. De Steve Spielberg. O filme conta a história verdadeira do industrial alemão que salvou muitos empregados judeus da morte nos campos de concentração nazista. Este também integra o corpo de sete Oscar.


* Fontes. Revista Época, ano III, n 157, 21 de maio de 2001; Revista IstoÉ, n. 1 652, 30 de maio de 2001.


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