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Mostrando postagens de março 11, 2010

Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski

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por Pedro Fernandes "Tanto o autor como o texto destas memórias são, naturalmente, imaginários." Famosa negativa da literatura feita pelo autor de Memórias do subsolo logo numa nota de entrada a primeira parte do texto que mais na frente se é corroborada pela própria personagem: "Está claro que eu mesmo inventei agora todas estas vossas palavras." Negativas que instauraram ou pelo menos reintroduziram novas reflexões entre as complexas fronteiras entre ficção e realidade; onde que estaria o fim de um e início do outro. Memórias do subsolo, de 1864, antes, portanto de obras como Crime e castigo, é não apenas por constatações desse tipo mais uma obra clássica da literatura. Não também pelo fato de seu autor ser colocado entre os clássicos, mas é que nela o rico estilo de narrar dostoiévskiano - suas indas e vindas, seus meneios com a palavra e com o pensamento - e além disso, o caudal de reflexões que este texto instaura naquele mais inocente leitor são e