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Pier Paolo Pasolini: metáfora por metáfora

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Por Alberto Giordano  Tantos anos depois de uma morte tão trágica como trágica foi sua personagem, a obra de Pier Paolo Pasolini segue no centro do debate intelectual e cultural que ela representa e quer representar; ninguém duvidará que é uma obra de força prodigiosa e de igual maneira provocativa. Muitos que tentam fazer um balanço provisório do entre-décadas 1975-1986 (depois de sua morte) sempre chegam à conclusão de que as contas não resultam de um todo exatas; falta assim algo como uma quarta dimensão, uma chave interpretativa não plenamente aceitável, mas iluminadora e inquietante; e o que falta é exatamente o ponto de vista de Pasolini, seu esforço autodestrutivo de encontra-se sempre no ponto mais incômodo. Por um lado, Pasolini nos aparece como a última e irrepetível figura do intelectual tradicional em sentido humanístico e por outro, o ponto de vista que ele representou deu extrema dignidade a um modelo de intelectual alternativo, destinado talvez a extingui