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A maior flor do mundo, de José Saramago

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Por Pedro Fernandes Não tenho muito o que falar sobre livros para crianças. E por um motivo apenas: não fui uma criança leitora. Meus pais mal tinham condições de por comida dentro de casa; livro, então, foi sempre um produto de luxo. Além do que, semi-analfabetos, esse objeto nunca lhes serviu e nunca lhes serviria para nada. Depois, as escolas pelas quais passei, essas que poderiam ter me incentivado o hábito da leitura, nunca sequer souberam o que era uma biblioteca, coisa que eu propriamente também só vim conhecer na adolescência, quando na cidade para onde eu ia diariamente estudar entrei num cômodo velho com algumas estantes povoadas por alguns livros antigos da literatura nacional e uma centena de Best-Sellers desses que já vêm com um enredo pré-fabricado antes mesmo da sua composição. Os livros infantis que li foram na adolescência para a fase adulta. Li poucos, é verdade. Na vida adulta, entre essas leituras, está, por ossos do ofício, A maior flor do mundo , de Jos