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Mostrando postagens de junho 22, 2011

Miacontear - A infinita fiandeira

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Por Pedro Fernandes Se narrativa muito aprendeu com a poesia, não temos dúvidas desse 'intercâmbio'. O maior aprendizado me parece ter sido não o manuseio com as palavras, mas a própria construção formal - estrutural - do texto. Também não sei precisar se isso foi um aprendizado com a poesia ou um aperfeiçoamento das próprias técnicas de narrar. O fato é que tenho observado nos textos de escritores contemporâneos um modo peculiar de se conduzir a narrativa e o seu desfecho. O movimento empreendido pelo fio narrativo se ajusta e muito ao movimento do fio da poesia. Trata-se de um movimento cíclico. Na narrativa, como tenho dito várias vezes, um círculo que é reta. Acho que sobre isso já falei aqui noutro post e, se não me falta a memória, num post sobre a narrativa de José Saramago, de onde partiu-me essa observação. O fato de fazer essa observação é que dou conta dessa questão nesse conto do Mia Couto; conto, aliás, que é, do meu ponto de vista, um dos mais bem elabor