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Arthur Rimbaud - o protótipo do poeta maldito

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Por Andrés Hax Se alguém quisesse fazer um filme sobre a vida de Arthur Rimbaud devia por bem começar com duas grandes tomadas que serviriam como elementos básicos da narração, mas também como chaves simbólicas para ilustrar a glória e a tragédia do poeta francês que morreu em 1891 aos 37 anos e que deixou de escrever aos 20. Uma das tomadas seria com o poeta caminhando. Poderia-se filmar com a perspectiva desde o chão, a uns quatro metros atrás do caminhante, mostrando sua andança pelos pastos altos dos campos da França, Itália e Bélgica. E também pelas ruas pavimentadas de Paris e Londres da segunda metade do século XIX, acompanhado por seu mentor, amante e companheiro maldito, Paul Verlaine. A segunda seria da ponta da caneta de Rimbaud trazendo palavras sobre folhas em branco. Ali veríamos fazendo seus deveres de latim da escola primária – foi aluno exemplar do seu colégio provincial – e da redação de seus primeiros poemas imortais (é um dos poucos casos em que s