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Mostrando postagens de abril 17, 2014

O rei se inclina e mata, de Herta Müller

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Por Pedro Fernandes Quando Herta Müller ganhou o Prêmio Nobel em 2009 até seu nome me era desconhecido, embora já circulasse no Brasil algumas traduções de livros seus. Resisti certo tempo em buscar a leitura de sua obra, por razões diversas, mas cito ao menos duas delas: o interesse pelas literaturas de expressão portuguesa, cuja formação acadêmica me exige, e o tempo escasso para permitir a entrada de outros nomes em meu cânone particular. Sobre esta última, basta ter uma dimensão do que é a literatura dos cinco países falantes do português para se dar conta que, ainda que eu tivesse todo o tempo do mundo, nunca irei contorná-lo. Mas, o encontro com obras da escritora romena nas várias idas às livrarias após sua premiação e a leitura de uma crítica qualquer, esparsa e vulgar, dessas que sai com frequência nos ditos cadernos de cultura que circulam no Brasil sempre me mantiveram um alerta de que há algo na obra de Herta que quase me obriga a ler alguma coisa dela. Já