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As ilustrações de Carybé para Macunaíma, de Mário de Andrade

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Por Pedro Fernandes Macunaíma é uma obra-síntese da virada porque passou a literatura brasileira. Única naquela ocasião por redesenhar as fronteiras da identidade de um povo que, passado muitos anos de sua independência, ainda insistia com a aquela dependência cultural dos modelos europeus. Publicada em 1928, a obra com o subtítulo “o herói sem nenhum caráter” foi escrita em pouco mais de um mês – dezembro de 1926 – e passou por sucessivas revisões até ficar pronta. Apropriando-se da trajetória errante do herói clássico, a narrativa é também uma epopeia do herói da nossa gente, nascido no “fundo do mato-virgem”, às margens do rio Uraricoera, descendente da tribo dos tapanhuma, em busca da famosa pedra muiraquitã. Mário de Andrade, concorda Antônio Bento com o afirmado pela crítica nacional, “foi na verdade o grande bandeirante e desbravador da cultura nacional de seu tempo. Queria que os brasileiros escrevessem mais ou menos como o povo fala comumente neste país. Pretendia mesmo