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Quando não ser grande coisa se torna a maior coisa do mundo

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Por Rafael Kafka O pequeno Jean-Paul Sartre cresceu rodeado de amor. Filho de um casal de jovens, perdeu seu pai com apenas dez dias de vida e passou a ser cuidado por sua jovem mãe, que mais parecia sua irmã mais velha. Ambos eram criados pelos pais desta, que rodearam o pequeno Sartre de carinho, afeto, proteção e livros. Logo cedo, aquele que se converteria em um dos maiores escritores de todos os tempos, percebeu-se como não sendo grande coisa. E em sua insignificância, ele se sentia grande quando em contato com as palavras, com a literatura. Passou então a criar suas aventuras encenadas com toda a empolgação de uma criança ensimesmada e consciente ao extremo de suas capacidades intelectuais e físicas. O pequeno Sartre viu na literatura não a fuga da realidade, como os românticos a viram, mas sim um complemento, um suplemento. A arte literária transformou para si a realidade em um mundo mais completo e belo, pois permitia uma constante descompressão de ser rumo a