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Mostrando postagens de março 27, 2015

Anjos da desolação, de Jack Kerouac

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Por Rafael Kafka Jack Kerouac não era um primor como escritor. Isso é perceptível em seu clássico mais comentado, On the road. Mas sempre cabe a tentativa de procurar entender em que contexto, em qual parâmetro, Kerouac não era um primor de escritor. Realmente, se olharmos os clássicos e suas escritas trabalhadas com sintaxe profunda e perfeita, veremos nele um escritor amador, movido apenas pela empolgação. Mas se olharmos os parâmetros literários do século XX, em que a escrita se torna menos formal e mais apaixonada, veremos Kerouac como o que ele realmente é: um Buda da escrita espontânea. Em meu último texto, fiz uma comparação um tanto que colocando Kerouac contra a parede: a comparação citada no começo do meu texto sobre O ano da Morte de Ricardo Reis  ( leia aqui )   focava no aspecto pouco político da obra de Jack que era reflexo de seu temperamento até mesmo alienado diante das questões políticas que pululavam no período pós Segunda Guerra. Porém, para ser just