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Mostrando postagens de setembro 2, 2015

Juan Rulfo

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A universalidade de Juan Rulfo Por Juan Marichal André Gide dizia que Cervantes era o escritor mais universal da Espanha porque era o mais espanhol de seu tempo e era, por sua vez, o mais espanhol porque era mais singular, o mais radicalmente individual. Talvez não haja na literatura de língua espanhola deste século um escritor cuja obra verifique tão precisamente a afirmativa de Gide como o já clássico Juan Rulfo. Porque, sem dúvida alguma, Pedro Páramo (e, em menor proporção, Chão em chamas ) é um dos livros mais universais das letras hispânicas do século XX, embora seja aparentemente uma obra muito ligada a uma realidade específica de uma época da história mexicana, o Jalisco dos chamados cristeros .  E os dois livros citados foram escritos por um autor muito singularmente mexicano, e muito ele mesmo. Muito deliberadamente oposto a qualquer gênero de rotular e a todo papel de “homem de letras”. Havia em Rulfo uma firme vontade de individualização lit