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Óxido, de Gastão Cruz (Parte II)

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Por Pedro Belo Clara  O segundo capítulo da obra cuja discussão deixámos em aberto na anterior publicação (ver o final desta post), traz em seu prelúdio elementos antes abordados pelo autor. Embora logo os dilua, lentamente, poema após poema, sem que o capítulo termine antes de revelar o seu real teor. Denominado A VIDA DOS METAIS, abre com o poema “Um nome”, aquele que irá resolver a questão que em si mesmo embala – resgatada a poemas anteriores, como atrás confidenciámos: Chamar é um erro: que nome dar a alguém senão ninguém? Porém um nome é tudo o que subsiste (…) Torna-se difícil calar a sensação de que o tempo espraiado pelos textos poéticos apresentados é um tempo árido onde um certo metal (coração?) oxida. Ou, pelas palavras do próprio autor, um tempo «onde nenhuma vida / ou morte sobrevive» (“Thriller”). No entanto, importa sublinhar as impressões que “Corda”, mantendo a mesma linha de pensamento, nos lega a respeito do ser e de sua nomeação: