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Sôbolos rios que vão, de António Lobo Antunes

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Por Emma Rodríguez Quando António Lobo Antunes participou da Guerra de Angola se dedicava a escrever cartas; cartas nas quais falava de muitas coisas e que nasciam de sua necessidade de comunicar que estava vivo. Para o escritor português os romances que escreve também partem desse desejo. O que faz é colocar-se junto do leitor e dizer-lhe: “estou aqui, contigo, diante deste mistério que não compreendemos, um mistério que nos ultrapassa e que, como dizia Lorca, nos faz viver”. Assim me contava numa conversa que mantivemos na época da publicação de O arquipélago da insónia . Agora, meu o retorno à sua obra se dá com Sôbolos rios que vão , um romance que seduz com aquela perseverança da memória, com os rumores de um passado que nunca desaparece, que se torna presente enquanto exista alguém que siga mantendo suas recordações. Já ao iniciar a nova viagem estive consciente de que as atmosferas do velho casarão desse “arquipélago”, um casarão cheio de quadros fotográ