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Mostrando postagens de novembro 1, 2016

Paul Celan

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Por Carlos Ortega Do Holocausto ficaram vítimas mortais e vítimas moribundas. A quantidade de judeus exterminados pelo nazismo na Europa é conhecida, mas a verdadeira magnitude do Holocausto só é complemente visível se se tem em conta também os sobreviventes do crime. A tradição judaica criou um termo para referir-se a eles: sheerit , o remanescente, o que ficou. Essa carga residual vem de um termo hebraico, é uma matiz de orfandade: o que ficou, mas o que ficou sem nada nem ninguém. O núcleo deste remanescente constituiu-se de aproximadamente cinquenta mil judeus soltos dos campos de concentração espalhados pela Áustria e Alemanha entre abril e maio de 1945. A eles se somaria algumas centenas de milhares que antes haviam escapado por pouco dos tentáculos assassinos de Hitler, mas que se viram igualmente órfãos, vagando pelas frias estepes do Leste europeu ou por sórdidos ambientes das capitais onde se esconderam até alcançar um lugar mais seguro no mundo. O poeta Paul Ce