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Mostrando postagens de maio 23, 2017

É urgente redescobrir a poesia de Hilda Hilst

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Entre os nomes que ousaram intervir com os chamados temas pouco poéticos está o de Hilda Hilst. Isso está agora ainda mais claro porque se tem acesso ao mais completo panorama de seu trabalho com a poesia: a publicação de um novo volume que compila toda sua obra do gênero. Hilda, talvez pela razão de ser avessa a dogmas, aos modelos do establishment cultural de seu tempo,  e porque não se interessou pactuar com determinados grupos do Olimpo (leiam a expressão com a máxima de ironia possível), porque fez-se sozinha, foi parar no rol daqueles cuja obra melhor ficaria se caída no esquecimento. Contra essa última imposição podemos pensar na saída engenhosa construída por ela: muitas vezes, na parte de sua obra mais vista, passar-se pelo que não era (ou será que era?) no intuito de, enquanto se desfazia da voz comum de rebaixamento seu trabalho, se mostrar igualmente como as outras já ingressadas por toda sorte de subterfúgios ao panteão dos sacrossantos. Essa posição é arris